Há muito tempo, o inimigo de Deus, o anjo caído conhecido como Satanás, vem semeando o engano neste planeta. Começou no Éden, afirmando que o ser humano poderia ser como Deus e que, mesmo que se rebelasse, como ele, Lúcifer, fez no Céu, não colheria o resultado desse afastamento do plano do Criador (Gn 3:4, 5). Mas as consequências da rebelião podem ser vistas em cada canto deste planeta e logo Deus dará um basta a tudo isso.

De lá para cá, a mentira básica – “certamente não morrereis” e “sereis como Deus” – apenas se sofisticou, adaptando-se às diversas mentalidades, amoldando-se aos padrões de épocas sucessivas, encaixando-se na maneira de pensar dos seres humanos ao longo dos séculos.

Para os mais politizados e distanciados de Deus, inspirou doutrinas políticas utópicas segundo as quais o homem (ou “super-homem”, como queriam) resolveria os problemas da humanidade por via revolucionária. Frustração.

Para os mais espiritualizados, alimentou a crença de que, independentemente do que seja feito com as poucas décadas que temos de existência, a vida continua no “além”. Afinal, a alma não é imortal? Vai-se para o Céu imediatamente, ou se reencarna, ou, na pior das hipóteses, acaba-se no inferno. Mas não há morte definitiva. Pior: para os crentes no “inferno eterno” em que “almas eternas” ardem sem ser destruídas, num tipo de milagre macabro de manutenção da vida – sim, porque só Deus tem vida em Si mesmo e a concede às criaturas –, Deus é apresentado como o maior tirano do Universo, capaz de sentenciar alguém à danação eterna por pecados cometidos no curto intervalo de uma vida. Das duas uma (e em ambas o inimigo sai ganhando): ou a pessoa fica do lado de Deus por medo ou se afasta completamente dEle, por considerá-Lo injusto ou irreal.